Back to Amy
- Eduarda Silva
- 23 de jul. de 2016
- 2 min de leitura

Filha de judeus, Amy Jade Winehouse nasceu em Londres no dia 14 de setembro de 1983. Seu contato com a música começou cedo, pois a família por parte de pai continha vários músicos. Os ritmos que prevaleciam eram jazz, soul e blues. O que ninguém esperava era ter naquela garotinha bochechuda, uma artista com muito potencial.
Sua capacidade musical não ficava somente no vocal, prova é que seu maior sucesso comercial, Rehab foi composta por ela. Desde seu primeiro álbum Frank, lançado em 2003, até o seu último Back to Black era impossível não se sentir tocado com a personalidade forte da jovem. Voz grave e flexível, cantarolava com facilidade do Jazz a ritmos caribenhos como Ska.
Não bastasse todo o talento, à moda de Amy foi talvez a mais marcante de sua geração. Seu cabelo, seus olhos e alguns de seus figurinos nos levavam aos anos 50 em um estalar de dedos. Infelizmente, não foi possível aproveita-la tanto como gostaríamos.

Amy, ao contrário do que muitos pensam, ou queriam, não tinha a menor vontade de ser uma cantora famosa. Apenas desejava cantar em pubs por sua amada Londres, ser uma musicista, para um público “seleto” e passear pelas ruas como um ser humano comum. Mas como uma grande ironia da vida, sua habilidade artística somada a fragilidade pessoal, fez ela ter uma implacável e bem-sucedida carreira, até o encontro com drogas pesadas.
Drogas pesadas, bulimia e seu relacionamento avassalador e destrutivo com Blake Filder-Civil, a fizeram o foco das “péssimas” atenções. Não se tinha mais exigências com o terceiro álbum, sem autocontrole, foi afastada da indústria fonográfica devido a quantidade de escândalos que a rodeavam. As expectativas para uma possível recuperação ficavam mais distantes a cada dia. Amy parecia não se importar com sua carreira ou vida pessoal.
Mas o pior estava por vir. As combinações de distúrbios alimentares com abuso de drogas ao longo dos anos sensibilizaram seu coração, fazendo-o parar após uma intoxicação
alcoólica. Esta seria a causa de sua morte, segundo os legistas.
Todavia em entrevista ao jornal The Sun, Blake Fielder-Civil ex-marido de Amy, alega que meses antes de morrer ela tentou o suicídio. O caso ocorreu após uma conversa ao telefone entre os dois.
"Como Sarah (parceira de Blake na época) estava tendo nosso bebê, disse a ela que não poderia falar naquela hora e desliguei. Devia ter pensado que aquilo iria chateá-la e machucá-la[...] Liguei para ela para me desculpar e dizer feliz aniversário. Ela me disse que havia se cortado e que tinha sido muito sério", afirmou.
Acidente ou suicídio, o fato é que perdemos uma das maiores vozes já ouvidas desde Janis Joplin. Há exatos 5 anos atrás, aos 27 anos, Amy que tentava retomar a carreira teve sua vida interrompida numa tarde de sábado, no dia 23 de julho de 2011, no Camden Town, em sua amada Londres.
Em 2015, o diretor Asif Kapadia (o mesmo cineasta que fez "Senna", sobre o piloto de Fórmula 1), estreou o premiadíssimo documentário AMY. Nele é possível ver o lado que a mídia não mostrou sobre a vida de Amy Winehouse. Assiste aqui o trailer legendado:
Referências:
www.youtube.com.br
www.midiorama.com.br
http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2016/02/15/filme-sobre-amy-winehouse-ganha-grammy-de-melhor-documentario-musical.htm
O documentário "Amy", 20015.
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